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terça-feira, 31 de janeiro de 2017

A exploração econômica e sexual da mulher não se dá apenas no âmbito da prostituição física na esquina ou prostíbulos.

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A exploração econômica e sexual da mulher não se dá apenas no âmbito da prostituição física na esquina ou prostíbulos.

Com o avanço tecnológico a mercantilização do sexo, assim como da mulher, expandiu-se consideravelmente. Atualmente há ''vídeo conferências'', sites de ''encontro'' entre outras variadas formas de exposição e venda do corpo como um produto.

Ainda que possa existir uma diferença entre as classes nesta situação (pobres e classe média), o objetivo principal do sistema capitalista continua sendo cumprido e consequentemente os respectivos patrões lucrando.


Essa é uma ação, por parte desses ''investidores'', puramente especulativa, todo o sofrimento e violência são vivenciados diariamente por elas, enquanto os sujeitos ganham ''empresariando'' e ''protegendo'' as garotas (segundo suas próprias palavras).



E mesmo que a mulher trabalhe por meio de um site e não tenha um intermediário, a exploração segue o modus operandi, pois o dono do site, da plataforma, dos contatos, ou seja, de toda a estrutura ganha (muito), de igual maneira.

Quando a mulher tenta e consegue abrir seu próprio site e controlar toda a logística em torno de si, no sentido de se apresentar como melhor produto etc., isso na realidade representa o auge da completa exploração e alienação. Porque evidência o processo de objetificação através da lógica capitalista: quanto mais é investido no corpo e beleza, maior será a quantidade (ou qualidade, nível social) de clientes e a lucratividade, porém a relação entre mercadoria e dinheiro é o corpo.

Portanto não basta a oposição à legalização da prostituição (esse é o primeiro passo), a partir do desenvolvimento tecnológico surgiu outras formas de intermediação, exploração e precificação do corpo da mulher como um produto.

A forma de responder aos problemas expostos é a organização e mobilização contra o sistema capitalista e os diversos modos de lucratividade e subjugação da população, no qual as mulheres tem um peso decisivo.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Bolsonaro é uma farsa

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Primeiramente é preciso deixar claro que esse texto não tem a pretensão de ''conscientizar'' os seguidores do Bolsonaro ou algum tipo de ''refutação''. Ate porque seria pedir demais que saíssem da sua zona de conforto para refletir sobre alguma proposta econômica do candidato e ''líder'' que dizem defender. Dito isso, vamos ao que interessa.

Muitos militantes da esquerda, democráticos ou mesmo antiliberais de um modo geral, tem dificuldade de debater com seguidores do deputado ou mesmo tentam faze-lo a partir do prisma superficial, o da corrupção. Eis o erro principal, porque o ser politico, assim como a politica em sua práxis e teoria não baseia qualquer modus operandi, tendo como tema central a corrupção.

Isso significa que, diante de todos os problemas existentes na sociedade, a corrupção de um politico não é, como nunca foi, o foco principal de qualquer debate sério e critico sobre o país e as respectivas propostas de organização do Estado. A corrupção sempre foi um a pauta levantada pelas forças mais reacionárias e aduladoras do senso comum, geralmente em momentos de acirramento na luta de classes e da luta anti-imperialista, seja no âmbito reformista ou revolucionário.

No Brasil temos alguns exemplos: Getúlio Vargas, em 1954, e o ''mar de lama'' udenista promovido por Carlos Lacerda. Assim como Jango e as reformas de base, destruídas por um golpe a mando do imperialismo e pelas forças mais conservadores e entreguistas, vide posteriormente o legado de inflação e endividamento que a ditadura militar deixou ao país, tudo, claro, para salvar diversas vezes a burguesia nacional, favorecer o capital estrangeiro, e o principal: o lucro dos banqueiros (sobre a economia durante a ditadura, a corrupção da época e o favorecimento aos capitalistas ler: A farsa do neoliberalismo por Nelson Werneck Sodré).

Bolsonaro não tem projeto para o país, e quando me refiro a projeto, de qualquer tipo, inclusive o que possa representar um norte para sua atuação. É uma trajetória politica baseada no oportunismo mais puro e grosseiro existente, assim como uma garrafa é lavada pela correnteza, o deputado é atraído pelo clima para basear as pautas que defenderá.

Vamos dar alguns exemplos, simples e diretos: Na década de 90, no governo FHC, enquanto o país era completamente entregue, como nunca antes foi na história, ao financismo e ao capital estrangeiro através da politica neoliberal, Bolsonaro, não só defendeu o fuzilamento do então presidente, mas também se posicionou contra as privatizações, reforma da previdência, divida externa, mas por quê? 

Exatamente pelo fato que, a reação popular a tudo que acontecia era completamente negativa, mobilizações populares violentíssimas, inclusive sendo necessária a intervenção do exército numa das greves da Petrobras. Pode-se afirmar que era um posicionamento nacionalista na época. Inclusive em determinado momento o deputado chega a dizer que o período FHC, foi o mais corrupto da história do Brasil.

Aos que possam duvidar, deixarei aqui os links sobre as afirmações que expus acima:

1:Bolsonaro pediu o fuzilamento de Fernando Henrique Cardoso:https://www.youtube.com/watch?v=tOCuftuLhUc

2:Bolsonaro fala sobre liberalismo, privatizações, governo FHC, reformas e corrupção:https://www.youtube.com/watch?v=kXiuiWDTt7A, nesse mesmo vídeo diz que votaria no Lula.

O discurso nacionalista e em defesa do patrimônio nacional foi substituído pela defesa aberta e sem qualquer vergonha das privatizações, incluindo a Petrobrás, da reforma da previdência praticada pelo atual governo, Temer, e a retirada dos direitos dos trabalhadores.  Evidentemente que os tempos mudaram, porém a luta pela independência e soberania nacional, por meio do desenvolvimento da indústria, tecnologia e ciência no território nacional continua sendo a prioridade absoluta para os verdadeiros nacionalistas e revolucionários.

Para quem tiver dúvida:

1:Bolsonaro defende Menos Estado e mais Liberdade de Mercado:    



3:Jair Bolsonaro vota a favor da PEC 241 e se mostra (mais uma vez) homem de duas palavras:
https://www.youtube.com/watch?v=SKU6KD2o59Q


Assim como seus filhos, que também estão na politica e vivem como parlamentares, todos eles defendem o livre mercado (como se estivéssemos no inicio do século xx e não num momento da história em que as economias são controladas por conglomerados de transnacionais e especuladores financeiros), e todo o tipo de pauta anti-povo e antinacional. Desde a entrega das riquezas naturais, a destruição do que ainda resta de ''bem-estar social'', como a CLT e previdência.

A conclusão é a de que, o problema principal, não é se o Bolsonaro praticou algum tipo de irregularidade, corrupção ou enriquecimento ilícito, e que, portanto, sendo corrupto (ou não) baseio minha oposição por conta disso ou seu discurso midiático para angariar apoio através da reação da esquerda e certa concepção da sociedade.

Ser oposição ao Bolsonaro, assim como a extrema-direita e direita neoconservadora tupiniquim é representar os verdadeiros interesses populares e respectivamente nacionais. 

Porque o nacionalismo é efetivamente defender de forma intransigente o patrimônio público nacional nas mãos do povo, para os interesses estratégicos e de longo prazo, independentemente do momento politico e ideologia da moda. 

O nacionalista tem como sua causa máxima a soberania e a independência nacional que só podem vir por meio de um Estado que represente esses interesses e esteja ao lado do povo, e consequentemente dos seus direitos. Um Estado inimigo do povo e que ataque os direitos mais elementares do ser humano, como a aposentadoria é antinacional e completamente entregue aos planos estrangeiros, os únicos favorecidos são os capitalistas que parasitam as finanças públicas enquanto o trabalhador é obrigado a sobreviver com o mínimo.

Para mudar essa situação não será através de discurso, bravatas ou adaptações ideológicas ao politicamente aceitável de um determinado momento histórico, e sim uma revolução feita pelo trabalhador, o agente social mais importante da pirâmide produtiva e que mantém diariamente o funcionamento na base de toda a economia nacional.











terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Trump representa uma oportunidade para a classe trabalhadora

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A parte das ações protecionistas em certa medida que seu governo está adotando em nível internacional, algumas outras ações precisam ser lembradas.

IRÃ

O governo republicano vai de forma ainda mais contundente, para cima do Irã e o acordo nuclear, isso está óbvio desde a época dos debates. Não só por conta dos próprios interesses norte-americanos, mas também em apoio a Israel, o governo sionista está completamente empenhado em participar de um conflito aberto contra os xiitas (os únicos, assim como a Síria, apoiadores da causa palestina e abertamente contrários ao governo genocida israelense), ou seja, uma contradição explicita.


COREIA DO NORTE
Também irá pressionar por um confronto contra Coreia do Norte e seus testes nucleares. Não a toa já tem projetos para a indústria bélica estadunidense aumentar a capacidade nuclear naquela região, na tentativa clara de prostrar o governo da Coreia do norte (ação que o Obama, não conseguiu).

ISRAEL e PALESTINA
Sobre a Palestina, é bem evidente a total colaboração e apoio ao governo e projeto sionista na região, o que sempre foi feito por todos os governos, e que na gestão Trump, terá um auxilio mais do que especial. Principalmente através do forte apoio as construções de assentamentos e ações militares do governo sionista contra a população palestina.

ECONOMIA INTERNA
No campo interno, sem dúvida o ataque promovido é duro.
-Desregulamentação interna da economia; através do corte profundo nos impostos pagos pelos grandes capitalistas e desregulamentação trabalhista,
Provocando o aumento da concentração de renda e desigualdade social, que já se encontram em níveis alarmantes nos Estados Unidos.
-Mesmo os planos de saúde ''populares'', que em alguma medida cobriam determinadas carências da população mais pobre serão alterados.

Conclusão
As contradições estão colocadas, não só no seio da burguesia e da direita estadunidense, como mundial. A partir disso é função da vanguarda e consequentemente da classe trabalhadora intervir em prol das pautas econômicas e politicas que almejam.

sábado, 21 de janeiro de 2017

A missão dos marxistas nos Estados Unidos

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Foto de uma reunião conjunta entre os Panteras Negras e Young Patriots


Os marxistas norte-americanos tem uma missão importante; unir os explorados contra o único inimigo concreto e verdadeiro culpado pelos males que vivenciam diariamente ; os capitalistas e seu sistema econômico.

Deve arregimentar os brancos pobres, trabalhadores e parte da classe média afetada pela crise numa consciência de classe, mostrar os problemas do capitalismo e o porquê de se encontrarem nessa situação decadente, não só do ponto de vista econômico mas social.

Essa parcela da sociedade norte-americana é, igualmente, parte relevante da base explorada pelos capitalistas. Assim como os latinos, constituem as vigas do desenvolvimento histórico desse país e consequentemente precisam de organização para lutar por seus direitos e, claro, o poder.

Ao mesmo tempo, uma parte dos brancos, ainda que pobres, cultivam um racismo cego (desconhecimento sobre o outro, estranhamento etc) e que precisa ser modificado. Isso faz parte da estrutura e modus operandi dos capitalistas e da direita, eles se favorecem diretamente com essas divisões, racismo etc.

Para que este quadro seja modificado, claro, não será com xingamentos, acusações ou algo que o valha, mas sim com estudos na perspectiva de classe, revelando qual é o verdadeiro inimigo (assim como foi feito nos anos 60, como, por exemplo, os Young Patriots, porém, como revolucionários precisam ultrapassar todas as limitações anteriormente vividas), ou seja, revelando os interesses envolvidos e qual classe ganha com tais posicionamentos racistas.

Precisa, também, agrupar os negros numa perspectiva de classe, a maioria não tem o sistema capitalista como problema e inimigo real, colocam apenas a questão racial (representatividade, protagonismo) como pauta, eis o erro. Pois o capitalismo é excludente na sua essência, portanto, os negros nunca serão completamente iguais e participes dele. É fundamental a mudança do sistema, ou seja, colocando a economia sob controle dos trabalhadores para o seu funcionamento em prol de todos.

Além disso, a criação de uma base conjunta é primordial integra-los, ou seja, brancos e negros ombro a ombro focados e militando pela luta concreta: o poder, e contra o sistema capitalista.

Entendendo dessa forma fundamentalmente que, para fomentar as mudanças econômicas e sociais buscando o bem-estar de ambos os grupos, é necessário mudar toda a estrutura e consequentemente as engrenagens que a mantém. 

Tendo como objetivo final a revolução.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

O imperialismo é dependente da globalização


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Qual país planejou a globalização da forma como ela é hoje?

Estados Unidos

Qual país impulsionou a globalização, inclusive, com medidas de força?


Estados Unidos

E isso independentemente do partido que porventura estivesse no poder. Porque o cerne da questão é o imperialismo, portanto, para ele se solidificar e ter real interferência sobre as decisões de outras nações e consequentemente a hegemonia comercial financeira e cultural é fundamental que as relações econômicas e os sistemas produtivos mantenham-se como estão.

O sistema capitalista não tem como regredir a fase anterior do imperialismo e muito menos ''antimonopolista''. Muito pelo contrário, o que assistimos atualmente é o domínio global não mais por uma centena de empresas multinacionais, mas sim por mega conglomerados transnacionais que são resultados do acumulo constante de capital e dos meios de produção na mão de uma pequena elite.

Uma elite que não representa pura e simplesmente os interesses do país A ou B, mas todo um planejamento das principais cabeças do capitalismo em âmbito mundial.

A contradição não se dá entre burguesia nacional e burguesia estrangeira (como muitos acreditaram até um tempo), na realidade a contradição principal é entre a soberania nacional nos seus mais elementares fundamentos e a meia dúzia de transnacionais que controlam os setores mais importantes da economia (da produção química aos bancos).

Não será apenas uma questão de vontade do politico republicano, democrata ou liberal que essas relações comerciais e produtivas irão mudar. É necessária toda uma cadeira de acontecimentos, incluindo a retomada do leme econômico pelos governos em diversas partes do mundo para a mudança desse sistema.

Claro, isso não acontecerá com discursos, acordos e muito menos um jogo duplo (mordida no mercado de um lado ao mesmo tempo em que concede com o outro).

O problema é na raiz do capitalismo, logo, a resolução é corta-la.

A China, o mercado e a globalização


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A fala do presidente chines, Xi Jinping, se posicionando favorável a globalização com ''inclusão'' e contra o protecionismo é mais do que coerente do ponto de vista da China.
Quais seriam as vantagens, neste momento, em limitar o mercado de investimentos chineses e sua expansão?
Ainda mais agora que a presença chinesa vem sendo muito forte na África e América do Sul, por que recuaria justamente agora?

E também acrescentando o problema das multinacionais produzindo em seu território, tudo isso favorece a economia interna (emprego, divisas etc.), portanto, concretamente falando seria um erro caso o governo chinês fosse a favor das restrições comerciais e de produção.
Já os Estados Unidos por conta de sua crise interna em relação à indústria, empregos qualificados entre outros, tem a necessidade real de conter o processo caracterizado por diversos acordos de livre comércio e favorecer a produção interna, criação de empregos etc.
Tanto a visão chinesa quanto a norte-americana é de mercado e demonstram que atualmente seus respectivos objetivos divergem, ao menos no âmbito comercial a médio prazo.