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quinta-feira, 26 de maio de 2016

Quais fatores impulsionam o crescimento da extrema-direita na Europa ?


Dois fatores são pilares do ascenso da extrema-direita na Europa:

1) O corte nos direitos e a destruição do Estado de Bem-Estar Social

2) O fluxo de imigrantes nesses países.



Porque esses grupos não cresceram na década de 70,80,90 ou inicio dos anos 2000 nesses países(Suécia, Noruega, Dinamarca, França etc) ? Justamente pelo fato de que apesar de manter um certo fluxo de imigração, o Estado de Bem-Estar social estava preservado, pois havia crescimento econômico.

Até aquele momento não existia grandes cortes nos direitos trabalhistas, salariais, aposentadorias, saúde e educação pública etc. Muito pelo contrário, mesmo no inicio dos anos 2000, apesar de modificações, em grande parte desses países que vivem o crescimento da estrema-direita isso ainda estava preservado.

Pós crise de 2008 já muda o cenário, além de uma crise econômica profunda, provocada pela especulação financeira e o parasitismo rentista, há deposições de presidentes pelo imperialismo, como já havia ocorrido no Iraque(destruiu o país até hoje), se repete na Líbia( destruiu e dividiu o país em pedaços) e a tentativa na Síria(que dura até o momento, desencadeando uma guerra civil), aumentando exponencialmente o fluxo migratório.

Ao mesmo tempo em que programas neoliberais, ou seja, a completa destruição do Bem-Estar social é colocada em pratica.


Diante desses acontecimentos o que a extrema-direita faz ?
Ela sorrateiramente, como sempre, faz uma ligação diferente do que é na realidade. Diz que o aumento da entrada de imigrantes é a causa da deterioração econômica e social do país, e consequentemente dos direitos sociais, que o governo estaria sendo obrigado a fazer isso por conta dos imigrantes. Seria também propostas desses governos, os social-democratas, aumentar o número de imigrantes no país para diminuir os salários dos trabalhadores nacionais.

Ou seja, a proposta da extrema-direita é: O único jeito de resolver a situação seria impedir a entrada de imigrantes, deportar os que já entraram, e perseguir os que ficarem. Porém economicamente, em nenhum momento dos seus respectivos programas propõem a ruptura com a ordem econômica vigente, e seus pilares de funcionamento. Que são: Pagamentos da divida pública, resgaste dos bancos, especulação financeira, privatizações e a consequente diminuição dos investimentos públicos em contrapartida dos aumentos dos empréstimos aos monopólios privados, de bancos e multinacionais.
O que mostra ser uma bravata e que apesar do discurso ''anti status quo'', apenas servem as circunstâncias do momento, e as vontades de certos setores que seriam favorecidos da burguesia.

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