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segunda-feira, 11 de abril de 2016

Osvaldão: Grande comunista brasileiro.




Osvaldo Orlando da Costa ou Osvaldão (Passa-Quatro, 27 de abril de 1938 — Araguaia, 4 de fevereiro de 1974) foi um guerrilheiro marxista brasileiro e um dos principais integrantes da Guerrilha do Araguaia, ocorrida na região Norte do Brasil na década de 1970.
Membro do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), foi obrigado a viver na clandestinidade depois do golpe militar de 1964, quando passou a ser procurado por sua militância. Antes, porém, foi campeão de boxe pelo Club de Regatas Vasco da Gama, do Rio de Janeiro, e estudou na Faculdade de Engenharia Mecânica, da Universidade de Praga (České vysoké učení technické v Praze), na Checoslováquia, e lá viveu alguns anos, aprendendo além de engenharia, técnicas de insurgência. 
No Araguaia Osvaldão foi um dos primeiros militantes comunistas a chegar na região do Araguaia, em 1967, com a missão de implantar uma guerrilha junto com outros companheiros. De acordo com as instruções do Partido, que pregava uma mistura dos militantes com os habitantes da região, estabeleceu-se como garimpeiro, caçador e mariscador. Tornou-se, em pouco tempo, o maior conhecedor da área ocupada pelos guerrilheiros e bastante popular entre os camponeses e agricultores do Bico do Papagaio, a região no sul do Pará onde o PCdoB se estabeleceu.
A partir de 1972, como comandante do Destacamento B, um dos três do movimento guerrilheiro, devido à sua formação militar, adquirida nos tempos em que foi oficial da reserva do CPOR (realizado concomitantemente com o curso de Máquinas e Motores na Escola Técnica Nacional - Estado da Guanabara) e de um posterior treinamento militar na China, ele participou de vários pequenos combates contra as tropas do governo.
Considerado mítico e imortal pelos moradores do Araguaia, que o acreditava ser capaz de transformar-se em pedra, árvore ou animal. Foi o autor da primeira morte militar durante a guerrilha, quando durante um encontro na mata com uma patrulha do exército em descanso, matou a tiros o cabo Odílio Cruz Rosa que tomava banho no momento do ataque.
Osvaldão foi morto com um tiro de carabina quando descansava num barranco, em 4 de fevereiro de 1974, nos estágios finais da ofensiva militar que aniquilou a guerrilha, pelo mateiro Arlindo Vieira 'Piauí', um conhecido seu que na época havia virado guia das patrulhas militares. Seu corpo foi pendurado num helicóptero que sobrevoou várias áreas da região a mostrar aos caboclos locais que o 'imortal' guerrilheiro estava morto. Decapitado por um sargento do exército, seu corpo foi deixado na mata e nunca encontrado.

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